Candidatura à reeleição do senador do MDB hoje está ligada ao pré-candidato de Lula ao Governo do Amazonas, o senador Omar Aziz. Cenário pode mudar

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 23/10/2025 às 19:36 | Atualizado em: 23/10/2025 às 19:36
Aumentam os rumores nos bastidores políticos de que o senador Eduardo Braga (MDB) pode deixar o barco do colega Omar Aziz (PSD), pré-candidato ao Governo do Amazonas.
Dessa forma, Braga disputaria a sua reeleição em uma provável chapa do prefeito David Almeida (Avante), que também tende a retirar o nome da filha, Aryel, dos que disputam indicação a vice de Aziz. Dessa forma, ela deverá concorrer a deputada federal.
Essas mexidas estratégicas, principalmente a de Braga, trazem de volta ao game eleitoral um nome muito querido do Palácio do Planalto: o do ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados Marcelo Ramos (PT).
É certo que nas pesquisas da fase pré-campanha, Ramos tem aparecido com percentuais entre 8% e 13%, figurando em quarto e quinto lugares das intenções de votos.
Por outro lado, Braga vem mantendo a liderança frente a todos os prováveis concorrentes: governador Wilson Lima (União Brasil), deputado Alberto Neto (PL) e o senador Plínio Valério (PSDB).
Mas, por que Braga deixaria a aliança com Aziz?
As informações de bastidores dão conta de que único motivo da debandada do emedebista é se a candidatura de Aziz descer ladeira abaixo, por conta de suposta desistência de Almeida em apoiá-lo, passando ele próprio a ser o candidato a governador em 2026.
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Com isso, o ex-deputado federal Ramos, que tem feito pré-campanha basicamente nas redes sociais, sem viagens ao interior e com pouca ação em Manaus – porque não tem recursos financeiros, segundo ele mesmo – poderá vir a ser o nome forte ao Senado na chapa de governador de Aziz.
Além disso, mantém o apoio e aliança com os partidos de esquerda, como PT, PCdoB, PSB, Rede e outros.
Desse modo, o retorno de Ramos como o nome principal da chapa ao Senado de Aziz agradaría também o PT nacional, o núcleo duro do Palácio do Planalto e o próprio presidente Lula da Silva.
Velha desconfiança com Braga
Tal animação em torno de Ramos decorre do fato de que Braga, embora tenha levado muito recurso do governo federal ao Amazonas, ainda não conquistou 100% da confiança do Planalto e das hostes petistas.
Diz-se que restam mágoas do senador do MDB amazonense porque ele era homem de confiança nos governos Dilma Rousseff (2011-2016), mas abandonou o Ministério de Minas e Energia para voltar ao Senado e votar a favor do impeachment da então presidente da República.
Já Ramos é o queridinho do Planalto porque defende o governo Lula com unhas e dentes. Faz críticas duras aos adversários, principalmente aos bolsonaristas e ainda milita com as causas sociais, bandeiras da esquerda.
Foto: divulgação
Fonte : BNC
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